O fabricante chinês de veículos elétricos Geely oficializou seu retorno ao mercado brasileiro após nove anos de ausência, com o desembarque de 680 automóveis elétricos no Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná. A operação foi realizada pelo navio San Martin, procedente do Porto de Xangai, e marca a retomada da marca por meio de uma parceria estratégica com uma montadora já instalada no país.
A operação ocorreu no berço 219, estrutura especializada para atracação de navios do tipo Ro-Ro (roll-on/roll-off), próprios para cargas rolantes — como automóveis — e que atracam perpendicularmente ao cais. Essa infraestrutura específica contribui para a eficiência logística das importações e exportações realizadas pelo terminal portuário.
“É uma honra para a Portos do Paraná ser a porta de entrada de veículos de alta tecnologia. Isso demonstra que estamos sempre preparados para atender com eficiência o mercado automobilístico”, destacou Luiz Fernando Garcia, diretor-presidente da empresa pública que administra o porto.
Crescimento das operações no Porto de Paranaguá
Entre janeiro e maio de 2025, o Porto de Paranaguá registrou crescimento de 20% na movimentação de veículos, somando 41.601 unidades, contra 34.731 no mesmo período de 2024. O aumento é reflexo da retomada das importações e da consolidação do Paraná como hub estratégico para o setor automotivo.
Paraná se destaca na exportação de veículos
Além de ampliar sua participação nas importações, o Paraná também fortalece sua posição como exportador de automóveis. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), consolidados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), as exportações de veículos fabricados no Estado cresceram 73,7% entre janeiro e maio deste ano, saltando de US$ 172 milhões para US$ 299 milhões.
Esse avanço está diretamente ligado ao aumento das vendas para países da América do Sul, com destaque para a Argentina, que ampliou em 464% suas compras de veículos paranaenses — de US$ 32 milhões para US$ 182 milhões. Outros mercados também apresentaram crescimento expressivo: Colômbia (49%), Uruguai (38%) e Chile (28%).
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