Francisco Beltrão alerta para o alto índice de descarte de medicamentos

A Secretaria Municipal de Saúde de Francisco Beltrão emitiu um alerta sobre o elevado volume de medicamentos descartados de forma inadequada pelos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente na Farmácia da Cango, um dos seis pontos de distribuição mantidos pela Prefeitura, foram recolhidos 104 quilos de medicamentos em apenas duas semanas, representando um prejuízo estimado em R$ 34 mil nesse curto período.

Com base nesse levantamento, o valor anual do desperdício de medicamentos somente nesta unidade pode ultrapassar os R$ 840 mil. A secretária de Saúde, Cíntia Ramos, destaca que esses dados ainda não incluem os medicamentos jogados fora em residências ou entregues em outras unidades. “Precisamos considerar que muitas pessoas descartam os medicamentos em casa ou levam em outras farmácias, então esse número é muito maior e assusta”, afirmou.

Em 2024, o Município investiu pouco mais de R$ 7 milhões na aquisição de medicamentos para a rede pública de saúde. Segundo a Secretaria, parte significativa desse montante acaba sendo comprometida pelo não seguimento dos tratamentos por parte dos pacientes, o que resulta em sobras de medicamentos e no consequente descarte.

Diante da situação, a Secretaria de Saúde intensificou a orientação aos profissionais da rede pública sobre a prescrição correta e adequada à quantidade necessária para cada tratamento. A iniciativa visa não apenas minimizar o desperdício, mas também reforçar a importância da adesão dos pacientes às terapias prescritas.

A Assistência Farmacêutica do município enfatiza que a colaboração entre profissionais de saúde e a população é fundamental para reduzir o desperdício e garantir a efetividade dos tratamentos. “Reforçar essas orientações é fundamental, pois além do custo financeiro envolvido, os dados indicam possíveis problemas na adesão dos pacientes às terapias”, alertou Cíntia Ramos.

A Secretaria reforça ainda que a redução no desperdício contribui para a economia de recursos públicos e evita a escassez de medicamentos nas farmácias da rede municipal de saúde.

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