A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) divulgou nesta quinta-feira (12) o 6º Informe Epidemiológico de 2025, com dados atualizados sobre os principais vírus respiratórios em circulação no Estado. O relatório compreende o período de 29 de dezembro de 2024 a 7 de junho de 2025, trazendo um panorama detalhado da Síndrome Gripal (SG) e da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
De acordo com o boletim, foram registrados 12.011 casos de SRAG com hospitalização e 598 óbitos atribuídos a síndromes graves causadas por vírus respiratórios. Os principais agentes identificados incluem Influenza, Covid-19 (SARS-CoV-2), vírus sincicial respiratório (VSR), rinovírus e outros patógenos respiratórios.
Entre os óbitos confirmados:
- 124 (20,7%) foram causados por Influenza
- 79 (13,2%) por Covid-19
- 56 (9,4%) por outros vírus respiratórios
- 14 (2,3%) por outros agentes etiológicos
- 317 (53,0%) permanecem como SRAG não especificada
Há ainda 2.096 casos em investigação e a notificação de 281 mortes por outras causas. No total, foram registrados 1.392 casos de síndromes gripais (SG), monitorados por amostragem em unidades sentinela espalhadas pelo Estado.
Faixas etárias mais afetadas
A população infantil com menos de seis anos é a mais impactada, seguida pelos idosos. Dos casos de SRAG por vírus respiratórios, 4.507 envolviam pacientes com algum fator de risco, sendo que 245 dos óbitos ocorreram dentro desse grupo.
A baixa cobertura vacinal também chama a atenção:
- 3.527 (78,2%) das pessoas com fatores de risco não haviam tomado a vacina contra a gripe
- 176 (71,8%) dos que faleceram também não estavam vacinados
Sintomas das Síndromes Respiratórias Agudas
Os sintomas mais comuns relatados nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave incluem:
- Febre, calafrios, dor de garganta, dor de cabeça
- Tosse, coriza, distúrbios olfativos ou gustativos
- Dispneia (falta de ar), desconforto respiratório
- Pressão ou dor persistente no tórax
- Saturação de oxigênio inferior a 95%
- Cianose (coloração azulada dos lábios ou rosto)
Esses sintomas são característicos de síndromes gripais que evoluem para formas mais graves, especialmente em populações vulneráveis.
Monitoramento e prevenção
O acompanhamento da circulação dos vírus respiratórios é feito pela Diretoria de Atenção e Vigilância em Saúde da Sesa, por meio da vigilância universal dos casos hospitalizados e com óbito por SRAG e das unidades sentinela de SG, presentes em 28 municípios, distribuídos nas 22 Regionais de Saúde.
Essas unidades estão integradas ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e contam com a análise laboratorial realizada pelo Lacen (Laboratório Central do Estado).
O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforça que os boletins passarão a ser publicados semanalmente. “O aumento de casos, especialmente entre o público infantil, exige vigilância contínua e respostas rápidas”, declarou.
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